Essencialmente, a técnica de splashes de mergulho consiste em jogar um objeto contra um aquário e fotografá-lo durante sua trajetória enquanto ele submerge. Esta técnica é particularmente interessante para iniciantes. Está ao alcance de todos, sem a necessidade de sensores especiais e flashes muito rápidos, para determinar o tempo preciso.
O motivo é que ao afundar entrando na água, o objeto desacelera sob a influência das forças de resistência. Isso permite ao fotógrafo decidir visualmente quando clicar. No entanto, para uma prática mais sofisticada, o uso de sensores é ideal para aqueles que desejam avançar nesta técnica.
É um conjunto bastante simples:
- Um aquário
- Um flash de alta velocidade com um suavizador ou haze.
- Uma seleção de frutas bonitas, escolhidas à mão ou outros objetos
- Um assistente ou uso de um rádio-flash
As etapas são as seguintes:
- Encha o aquário até dois terços cheios com água limpa.
- Posicione a câmera em um tripé.
- Determine a altura da câmera em relação à água ou à linha de nível ou horizonte de sua escolha.
- Prefoque no objeto dentro da água, no ponto onde você imagina que será sua trajetória dentro do aquario. É importante notar que um objeto submerso causa difracção, o que altera a distância focal.
- O aquário deve ficar ligeiramente angulado, evitando coincidir com o plano focal da câmera, que pode causar reflexões indesejáveis, como em um espelho. Sobre isso é sempre bom lembrar a lei da física: o ângulo de incidência é igual ao ângulo de reflexão.
- Posicione a fonte de luz lateralmente ou diagonalmente em relação ao aquário, apontando um pouco para baixo. Sempre se preocupando em deixar uma área livre no topo para que objetos sejam lançados.
- Use um refletor branco ou prateado para compensar melhor o contraste da cena.
Nesta ilustração, note que a fonte de luz, o tanque de peixe, e o refletor está posicionado de forma a que o ângulo de incidência da luz não coincide com o ângulo de reflexão da câmera.
Uma vez que estes primeiros passos forem tomados, decida com o seu assistente quem lançará os objetos e quem clicará. O lançador deve observar e compreender melhor o comportamento de cada objeto na água conforme a posição e a direção de atira-lo. Além disso, é importante observar o impacto e a turbulência causada na água – uma atividade que parece mais adequada ao fotógrafo. Um assistente atencioso e preparado será capaz de capturar bons momentos sem qualquer problema.
Para fotógrafos mais avançados, o uso de uma câmera conectada a um computador e um sensor de som ou laser disparando o flash pode ser muito útil e confortável. Também – ficando a uma distância segura do set – o uso de um rádio-flash em uma mão, deixa a outra livre para os lançamentos, o que torna o processo uma mão na roda. Com o tempo de exposição cerca de três segundos, há tempo suficiente para pressionar o obturador e jogar imediatamente os objetos, enquanto o sensor ativa o flash e a câmera capta a imagem antes de o obturador fechar nos três segundos. É importante entender que, na técnica de mergulho, é mais relevante saber como provocar um splash visualmente atraente do que apenas fotografá-lo. Isto é, aquele que lança deve observar a posição, a forma e a textura do objeto, conforme ele percorre sua trajetória dentro do aquário. A composição final vai depender desses fatores. Uma atenção especial é sobre a força do impulso. Para entender melhor, é importante praticar o lançamento de um objeto redondo, sem textura, como no exemplo a seguir.
Além disso, vale a pena inovar lançando um 0u mais objetos. O splash da fruta do conde (ou pinha) , mais abaixo, mostra bem o que pode acontecer. Estrategicamente, para uma foto mais dinâmica, a segunda fruta foi jogada para colidir com o splash que subia. Além disso, a posição de três quartos do fruto no ar identifica claramente suas características. Sem isso, a imagem final não contaria uma história tão completa. A íntima harmonia entre o método e o caos é o que faz esse tipo de prática particularmente interessante.